segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
20-3-8
As vezes o homem fica
Cuidando do seu calvário
Achando que é saída
Mas, com certeza ele sabe
Que a vergonha do dia
Pode ser súbita imagem
Da sua cabeça vazia
Pensamentos positivos agora
E desejo de mudança
Nunca é demais, não esqueça
Então corra, há esperança
E abrace a vida inteira
Pois quem pode te dar tudo
É teu pensamento positivo
Tuas horas de estudo
Teu suor
Teu sacrifício.
sábado, 13 de dezembro de 2008
FELICIDADE
Não é recebida por todos
Mas as pedras são felizes
Em seu estado contemplativo.
A noite, o vento sopra
A mesma felicidade do dia
E as horas nem reclamam
Dos minutos que perdem
Mas o Homem
Porque pensa
Imagina, talvez
Que a inércia da pedra
E condenação perpétua
Pobre homem
Que não respira a brisa toda manhã
E seu dinheiro não compra.
domingo, 7 de dezembro de 2008
RETROVISOR
08/09/01
Por traz do retrovisor
Vejo teu rosto
Vejo teu cheiro
Vejo teu tédio
Olhando o retrovisor
Vejo meu mundo
Vejo meu ódio
Vejo meu vazio
Meu retrovisor quebrou
E agora?
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
6/6/8
O homem encurta sua vida e a de seus semelhantes
Mede o tempo
Enxagua com mãos sujas suas feridas
Mas o tempo derrota a todos
E passa devagarinho todo domingo
Porém derrotado
O homem pede clemência a Deus.
Assim a vida envelhece
De posse de todos os detalhes
Uma vida ali padece
Outra, acolá, tolhe.
domingo, 30 de novembro de 2008
15/11/2008
Não suporto mais teu mundo vinagre
Porque sempre me queres nele
E minha vida? não sabe nada.
Não sabe ainda do mundo
E do homem que insólito o destrói
Não sabe do amor, de nenhum amor
Foi por isso que fechei o sorriso
E caí alvejado pelo futuro.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
HIPERTENSÃO
Sofri um abalo no peito
Neste peito sofredor
Vasculhei o mundo por aí
E curar meus sofrimentos
Vejam, é uma ironia
Ontem mesmo a idade me queria
Hoje, minhas veias desatentas
Não suportam imprevistos
Mas há uma cura
Que não pode faltar
São capítulos da mesma cor
Encontrados em farmácias
terça-feira, 11 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Domingo Rural
Na minha infância, eram todos ensolarados
Acordava cedo
Ouvindo o galo de campina
Apresentando o dia nascente
Domingo era especial
Chupar manga espada
Caçar passarinho
Pescar no riacho
Jogar bola a tardinha na chã
Eram assim os meus domingos infantis
Nada de enxada
Nada de buscar capim
Nada de cortar cana
Mas o domingo era curto
E minha vontade de menino
Era meu domingo bem largo
Porque trabalho era coisa pra adulto
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
ESTÁTUA
terça-feira, 26 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Livre Arbítrio (1/8/8)
O momento certo da decisão
Do homem que buscar o amor
Pode está atrás daquela pedra
Que o mesmo ignora
Lamentável não atingir
O sossego das horas
Nem atingir a noite
presa em uma gaiola
Passa o tempo, a vida
E até as rugas se curvam
Os momentos felizes
Tão poucos, afundam
Nobres senhores
Livras teus irmãos das trevas
Eles precisam de luz
Pois ainda são como crianças
sexta-feira, 25 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
PROFESSOR EM DIA
Oh! Minha mãe
Meu trabalho diário
Para o meu salário aumentar
São seis horas em sala
E não poder reclamar
Professor neste país
De muita terra e dinheiro
Só Jesus Cristo salva
Desse infeliz pesadelo
Pois se até Ele fosse
Professor por aqui
Já teria desistido
De morrer como mártir
Mais eis um acalanto
De norte a sul vai correr
É o piso salarial
Que o professor merecer
950 reais por mês
Pelo tempo de faculdade
Nenhum outro profissional ganha
Porque não é caridade
Mas, eis um conselho, caro amigo
Seja pertinente e audaz
Pois melhor salário ganha
Quem procura estudar mais
Então não desista
E lembre-se que
O professor no Brasil
Sofre desde o Império
Se não mudou até agora
Espere no cemitério!
sábado, 19 de julho de 2008
Essa é do João Valdênio. Grande amigo e artista plástico.
Que caia
A chuva da desculpa.
Que eu pegue
O ônibus do engarrafamento.
Que eu durma
Com frio,
No escuro
Do esquecimento.
Que eu mate
Mais uma mãe
Que eu ganhe
Outra manhã.
sábado, 12 de julho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
SAUDADES
Eis-me aqui parado, ouvido atento
Com o bloco da Saudade ao meu lado.
Lembrar velhos carnavais
Faz-me lembrar Recife
E meu coração reclama,
Com saudade.
Recife
Tuas ruas
Praças e cheiros
Teu povo
Hospitaleiro
Tenho por ti, Recife,
Um amor imenso
Um olhar de longe
Guarda-a pra nós Claudionor
sábado, 5 de abril de 2008
segunda-feira, 31 de março de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
Ah! Jesus que fria
Se toda segunda eu morresse
E nada de mal me acontecesse
Garanto ao Senhor
Que para o trabalho eu nem ía.
E toda terça Senhor
Como quem volta do bar
Como quem dar volta ao mar
Sorrateiramente o Senhor me traria
Mas Jesus,
Hoje é segunda
Obrigado por tudo
Não morri, bem sei
E nem quero
Entendei.
http://www.tiamonica.com.br/Wallpapers/Animais/cao_ressaca.jpg