segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

11-11-08


Que tempo cruel

Amor sem castigo

Besouros voadores

Circulando a luz fria


O vinho tinto no cálice

Transborda sem preocupação

A mão do destino

Alcança a solidão


Frutas maduras adoçam

A ponte triste do subúrbio

Mas infelizmente todos choram

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

11-11-08

Moço, meu nome não sei.
Meus pecados e meus amigos
São todos de ontem
Portanto não soa tátil

Argumentos e imprevistos
Puseram-me a vida fácil
No entanto, minha tragédia,
Ocorreu no silêncio do mar

Em vida fui muitos joões
Também não nego, tive ares de Maria.
Mas “é preciso viver”, fala o poeta,
De outrora e tão perto.

Olha moço, não quero aqui,
Supor que não vivi
Fui abastado rei em carnavalescas noites
Entretanto, em outras tantas, não fui ninguém.